Penso a própria arte de
elaborar uma Mandala Pessoal ou Energizadora do Ambiente como uma forma
cultural mediadora que comunica a experiência do sagrado em contraposição à ideia
do profano. O autor de “O sagrado e o profano”, Mircea Eliade fornece
referenciais basilares ao discorrer sobre a experiência do sagrado realizada
pelo ser humano enquanto “ser-no-mundo”. Tal face da vida humana antecede a
própria experiência religiosa na medida que o sagrado vincula-se à condição de
admiração, à qual o ser humano se entrega diante dos mistérios inquietantes. O
sagrado, como experiência humana, é fruto de uma espécie de “arrebatamento
existencial”, divergente das ocorrências naturais. “Por sagrado entende-se, aqui, uma qualidade de poder misterioso e
temeroso, distinto do ser humano e todavia relacionado com ele, que se acredita
residir em certos objetos da experiência. Essa qualidade pode ser atribuída a
objetos naturais e artificiais, a animais, ou a seres humanos, ou às
objetivações da cultura humana.” (Berger, 1985, p. 39). Com esta brevíssima
introdução pretendo com este artigo explicar porque o desenvolvimento das
Mandalas Pessoais sobre as quais venho escrevendo no último ano se reveste de
uma característica diferente – apresentei aqui uma forma de elaborar um objeto,
ou um símbolo sagrado para cada pessoa a partir do conhecimento de suas
energias fundamentais. Para elaborar um objeto sagrado e belo (pois há um
comprometimento estético) é preciso um caminho ritualístico. E sobre este caminho
é que vou discorrer hoje. Para iniciar a elaboração de uma Mandala Pessoal
sempre aproveito as energias da Lua Nova e procuro terminar em uma Lua Cheia e
somente neste período é que faço a Consagração da Mandala. Durante toda a
execução do trabalho, desde a fase de desenho no papel e até o fim a Mandala
sempre gira no sentido horário. Simbolicamente, o sentido horário: representa a
expansão e crescimento. Todas as pedras e cristais usados nas Mandalas que
executo são energizadas três vezes no ano, no Equinócio de Outono, na Lua Cheia
de Maio e no Equinócio de Primavera. Além disso eles repousam sobre uma
selenita imediatamente antes de serem colocados na Mandala. O ambiente onde eu
trabalho foi organizado de acordo com as energias do Feng-Chui, é cercado de
pedras energizadoras, aromatizado com incenso de Rosas Brancas, há uma fonte de
água que mantêm-se ligada todo o tempo e sempre com música muito suave. Antes
de começar o meu trabalho, pratico meditação Raja Yoga e peço a Deus Pai/Mãe
que eu esteja tão aberta quanto possível à orientação dos Seres de Luz para
executar aquele trabalho. Durante todo o período da execução da Mandala entôo
mantras ou Hoponopono, por isso o silêncio é fundamental para mim. Considero
que a
elaboração de uma Mandala Pessoal é uma produção artística qualificada e
destinada ao culto sagrado do Self (Eu mais profundo) de cada pessoa. E por
essas razões posso dizer que há Mandalas e mandalas.
Este blog pretende apresentar de forma reflexiva e filosófica meus resultados na elaboração e execução de mandalas pessoais.
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terça-feira, 29 de dezembro de 2015
segunda-feira, 23 de março de 2015
Outros complementos em uma Mandala Pessoal
Recordando, nos últimos
artigos eu falei sobre como escolher as bases numéricas, as cores, as formas e
as pedras nas Mandalas pessoais. Hoje vou abordar um tema bem específico que
diz respeito aos “fios” colocados como contornos nas minhas Mandalas. No meu
ponto de vista eles são um complemento estético no conjunto final da Mandala.
Porém depois de muito me utilizar deles acabei descobrindo um bom sentido
energético para eles. Eu mesma é que componho cada fio que uso na elaboração de
uma Mandala Pessoal e faço este processo em silencioso respeito e entoando
Mantras variados, conforme inspiração do momento ou Hoponopono. E assim a cada
pedra colocada no fio vai também a energia deste Mantra. Sobre o material usado
na confecção destes fios, a princípio eu sempre trabalhava com material de
armarinhos, miçangas ou vidrilhos. Até que uma dia uma amiga me chamou a
atenção para o brilho dos Cristais Swarovski. Fiquei apaixonada. O brilho deles
é inconfundível e conferem uma leveza ímpar ao trabalho final. Desde então
passei a usá-los em meus trabalhos. Devo dizer que são economicamente falando
muito mais caros, porém sua beleza é ímpar. Também podem ser usadas as miçangas
de vidro que tem um brilho especial. Na composição dos fios, gosto de trabalhar
com a Numerologia do Nome da Pessoa, e assim vou colocando tantas miçangas que
indicam número de poder, mais tantas outras de outra cor que indicam o número
da alma, volto para a anterior e assim vou até completar o diâmetro em cm x 3,
12 que me dá o perímetro da circunferência que quero cobrir. Este é um trabalho
que exige muita paciência, concentração e sobretudo silêncio. A não ser que a
pessoa tenha uma excelente capacidade de concentração não existe a menor
possibilidade de elaborar e fazer Mandalas em um ambiente com muito falatório. O mesmo processo de ir entoando
Mantras eu também utilizo quando trabalho no acabamento com pontilhismo.
domingo, 1 de março de 2015
A colocação de cristais nas Mandalas Pessoais
Como
eu tenho dito muitas vezes, cada mandalista vai desenvolvendo seus próprios
métodos para elaborar Mandalas Pessoais á medida que produz mais e mais
Mandalas, que aprofunda seus conhecimentos e vai desse modo amadurecendo sua
arte e evoluindo espiritualmente. O uso de cristais não é obrigatório em uma
Mandala Pessoal, mas certamente a enriquece energeticamente falando além de
conferir uma delicada beleza. Que critérios, então, podem ser usados para a
escolhas de quais cristais usar? Um deles, que me parece o mais simples e
talvez mais conhecido é o uso dos cristais que se relacionam aos signos Solar,
Lunar, Ascendente ou até mesmo Meio do céu no Mapa Astral da pessoa. Podem ser
encontradas tabelas com estas correlações já prontas. Ou você pode se utilizar
da pedra de acordo com o signo chinês da pessoa. Ou ainda, guiar-se pelas cores
dos cristais e cores que a pessoa mais precisa. Ou, usar da orientação do
pêndulo radiônico. Penso que seja importante que a mandalista para fazer esta
opção conheça as pedras, seus significados, suas energias e as use sempre com
discernimento. Em hipótese alguma deve colocar em uma Mandala Pessoal uma pedra
que não conheça seu significado, pois elas contém uma energia sempre muito
intensa e que mal usadas podem trazer mal estar para o/a futuro/a proprietário/a
da Mandala. Pessoalmente, escolhi trabalhar da seguinte forma: tenho uma lista
de pedras com as quais tenho mais afinidade. Assim posso manter um certo
estoque delas . Eu as energizo(lavo-as com água corrente e deixo por vinte e
quatro oras ao ar livre) duas vezes por ano, no Equinócio de Outono, por
considerar uma data de grande equilíbrio na natureza e até mesmo por minha
afinidade pessoal com ela. Volto a energizá-las mais uma vez na Lua Cheia do
mês de Maio, por acreditar que nesta noite a Hierarquia da Fraternidade Branca
Universal estabelece um contato mais próximo com nosso planeta. Feito isso eu
as guardo e quando entro em processo de criação de uma nova Mandala Pessoal vou
pedindo inspiração e orientação sobre quais pedras devo usar, em que quantidade
e onde. Vou confirmando estas orientações com o uso do pêndulo radiônico.
Imediatamente antes de usá-las deixo-as sobre selenitas brancas para
purificá-las. Em seguida, é só colocá-las, o resultado é sempre muito bonito,
agradável e altamente energético.
terça-feira, 20 de janeiro de 2015
AS FORMAS NA MANDALA PESSOAL
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