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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Mandala Celta




Símbolos e significados celtas

À semelhança de outras religiões, também os pagãos têm os seus símbolos sagrados. Existem poucas informações à respeito dos nós e de sua exata simbologia de acordo com cada tipo de dobradura. Mas o que pode concluir a partir do que se tem é que os celtas exprimiam com este tipo de desenho a idéia de que tudo está ligado, amarrado e de forma simbiótica, a evolução de todos se dá de forma conjunta. É um símbolo da igualdade de essências e da interconexão de toda a vida (como vindo de uma coisa só).  Os Celtas acreditavam que o número 3 e que todos seus múltiplos eram sagrados. Mas o que terá o número 3 de sagrado? Qual seu significado? O número 3 tem a vibração do Planeta Jupiter, planeta da expansão,representa o idealismo, o movimento,educação superior e fé. É o número das Tríades Sagradas e representa o corpo, mente e espírito. 1-2-3 foram os primeiros números que o homem compreendeu,a formação de um triângulo pai-mãe- filho. Para a cultura celta, há duas configurações primárias que simbolizam o sagrado três: São o trefoil, moldado como o trevo irlandês, e o triângulo invertido, freqüentemente referido como o Triângulo da Manifestação. O interessante é que eles consideravam os múltiplos de 3 com a mesma importância que o 3, o mais importante múltiplo de três era o nove – a manifestação natural do três vezes o três.  Quando a ciência da matemática começou a se tornar mais popular no século XVII, os celtas acharam que eles estavam certos na sua escolha do nove como manifestação de um número mágico. Nove não era apenas a o múltiplo natural de três, mas era também o número que podia voltar magicamente a si mesmo, e assim ele passou a ser um símbolo do poder criativo e energia. O nove também foi associado em muitas culturas aos mistérios da lua e, como a lua, o nove volta a si mesmo, não importa como ele é manipulado.
Teste você mesmo. Multiplique qualquer número por nove, some os números da soma resultante e você terá o nove. Isso nunca falha. Por exemplo, multiplique 9 por 5.  O resultado é 45. Separe o 4 do 5, some-os, e você terá o 9. Em cada exercício, feitiço e ritual dos capítulos seguintes, você verá o número três, ou um de seus múltiplos, se destacando.
Em muitos rituais celtas que você escrever por si mesmo, você deverá sempre adicionar algo em três ou múltiplos de três, quando possível. O triskle (triskele, triskelion ou tryfot),achados arqueológicos em terras celtas, da Irlanda à Europa Oriental, atesta sua ampla adoção pelos Antigos. Sua forma tem a ver com o fluxo das estações e, por consequência, representa a própria Deusa Tríplice (Donzela, Mãe e Anciã), bem como as 3 fases da lua (crescente, cheia e minguante) e Os 3 Reinos Celtas. Os 3 reinos celtas, que eram vistos da seguinte forma:
- O Céu que está sobre nossa cabeça, ele nos oferece o Sol, a Lua, as estrelas e as chuvas que fertilizam o solo. - A Terra que está sob nossos pés, ela nos dá o alimento, nos abriga e faz tudo crescer, são as raízes fortes das árvores. - O Mar é a água que está em nós, representa o Portal para o Outro Mundo, ela sacia a sede e nos dá a vida, sem a água tudo perece e morre.
Essa cosmologia é bem diferente dos quatros elementos da visão grega, pois os celtas viam tudo na forma de tríades. E cada reino era visto como um grande caldeirão sustentado por 3 pernas, que por sua vez, também possuíam mais 3 atributos.  Os 3 mundos são compostos da seguinte maneira: - O Outro Mundo: onde os espíritos, Deusas e Deuses vivem. - O Mundo Mortal: onde nós e a natureza vivemos. - O Mundo Celestial: onde as energias cósmicas como o Sol, a Lua e o vento se movem.  Para os celtas, a vida significava movimento e dinamismo e por isso não havia alternativa possível: descartada a opção de ficar quieto, sob pena de ser destruída pela incessante ondulação da existência, a única coisa que restava a fazer, era seguir andando com ela. Em seus símbolos o movimento é nítido, basta observar.
 Triskle

O triskle, também conhecido como triskeletriskelion outryfot é um dos símbolos mais presentes na arte celta e representa as tríades da vida em perpétuo movimento e equilíbrio (nascimento-vida-morte, corpo-mente-espírito,etc). O fato de ser representado por uma espécie de três pontas em espiral confere a este símbolo uma graciosa fluidez de movimentos. Para os celtas o número três era um número sagrado. A primitiva divisão do ano feita em três estações: Primavera, Verão e Inverno - pode ter tido origem na Deusa tríplice à qual eram associadas estas estações. Obviamente, o Triskle está associado ao fluxo das estações e à tripla face da Deusa (Donzela, Mãe e Anciã). Por ter tão importantes conotações, este era um dos símbolos mais presentes na arte celta. Este símbolo celta do amor eterno é formado por dois Triskeles. Cada um dos Triskel, possui três nós (três pontos), denotam os três aspectos de uma pessoa, corpo, mente e alma. O Triskel dois, unidos, mostram um círculo. O círculo representa o amor eterno de vida e eternidade. Este valor representa duas pessoas, unidas em mente, corpo e alma em amor eterno.

Deusa tríplice

A Deusa tríplice (muitas vezes associada a Brigid) representa a Deusa nas sua três faces: a Donzela (fase inicial, virginal, o início da vida), a Mãe (fase da fertilidade, gravidez, dar vida a nova vida) e a Anciã (fase da sabedoria, do passar o conhecimento às gerações seguintes), daí a sua representação ser a lua nas fases crescente, cheia e minguante.
Cruz celta
A cruz celta, também conhecida por Cruz solar representa vários ideais: os quatro elementos, as quatro estações do ano, os quatro ventos, a continuidade e renovação dos ciclos da natureza, daí ser associada ao heroísmo, coragem e à capacidade de superar obstáculos. É um símbolo que atrai que atrai reconhecimento, fama e riqueza, mas essas bênçãos só são recebidas por quem trabalhar com afinco e dedicação, por isso a cruz celta também concede força de vontade e disposição. A divindade ligada a este símbolo é Lug, Senhor da Criação (mitologia celta). Escusado será dizer que foi mais um símbolo adotado pelo Cristianismo, tendo o seu significado sido distorcido.
Pentagrama: O pentagrama é um dos mais conhecidos e ao mesmo tempo um dos mais incompreendidos símbolos pagãos ao longo dos tempos. A estrela de cinco pontas simboliza os quatro elementos: TerraÁgua, Ar e Fogo e o Espírito humano. O círculo que envolve a estrela representa o amor infinito do Espírito (Grande Mãe e seu Consorte, criadores de todas as coisas)É um símbolo que os pagãos utilizam para representar a sua fé e também para se reconhecerem.

Nó da Trindade: Este símbolo tem vários significados, sendo um deles a fé. Simboliza a Deusa Tríplice dos antigos Celtas e a sua unidade, era muito comum encontrar este símbolo em arte celta e até mesmo em manuscritos. Foi também encontrado em moedas germânicas e Pedras de Runas (memoriais erguidos aos guerreiros falecidos escritos em Rúnico), sendo estas últimas uma tradição da Era Viking. Pode também significar algo perfeito, sem princípio nem fim, sendo muito popular em anéis de casamento celtas. Após os celtas, este símbolo foi de certa forma apropriado e usado pelos cristãos para designara Santa Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.  
Nó Celta: Existem vários exemplos de nós celtas, sendo que este é apenas um deles. É mais um símbolo de algo sem princípio nem fim, o nó que elenca todas as coisas, simboliza a eternidade, a luz, a magia e a sede de sabedoria, a interligação entre as pessoas e acontecimentos, uma ligação mágica de algo que fica para sempre. Pode simbolizar amor eterno e é muito popular em joalheria celta, especialmente anéis de casamento.
1-  

Consta da tradição e celebração Celta que - no exato momento em que os raios do Sol se enfraquecem e diminuem a intensidade, sempre , ao cair da tarde - está na hora de um novo momento. Seria a reciclagem espiritual para o ungir e a preparação, agradecimento ao Senhor dos Astros, ao Pai Celestial, à Deusa, para o nascer e fluir de mais um milagre contínuo , um novo dia que se principia. Os celtas apesar da sua origem pagã, porém de fé inabalável em um Pai Maior ou um Ser Celestial Superior, no caso a Deusa, irreparavelmente celebravam o começo dos dias da Roda da Vida, através do anoitecer. Na realidade, eles lembravam e reverenciavam a Deusa. Os mistérios e a magia da Natureza como, por exemplo, o surgimento da Lua, das novas emoções, das novas intuições, adormecidas...  No ponto de vista Celta, no momento do anoitecer, os homens se acalmam e repousam depois de um dia intenso de trabalho. Mas, os sacerdotes e sacerdotisas não seguem á regra, trabalham na confecção de uma Alvorada Perfeita. Deus, segundo os celtas, também descansa durante a escuridão. Mas, em momento algum se afasta e continua próximo aos seus filhos. O Sopro Divino é inconsciente, é intuitivo para um novo brilhar, para a perfeição de todos os dias de um novo amanhecer.

As ondas do mar são assim, incessantes, no vai-e-vem celestial e etério. E o acordar e dormir, descansar e trabalhar, morrer e nascer, completam as engrenagens da Roda da Vida Celta, interação, Unicidade, Equilíbrio entre dia e noite, anoitecer e amanhecer, segundos preciosos e de intensa comunhão entre os seres vivos, espirituais e de luzes que habitam o Universo, vivem no coração da Floresta da Deusa. 
Os Celtas tinham a Intuição Celestial à flor da pele. Sabiam que é realmente preciso ATIVAR as duas polaridades. Harmonia e Paz devem estar em perfeita sintonia. Só assim a Natureza poderá se manter em equilíbrio. Da mesma maneira, como a imagem refletida é o complemento da imagem projetada. 
Portanto nas escrituras celtas: homens e mulheres precisam estar juntos para que a comunhão perfeita entre o Deus e a Deusa possa refletir e gerar os magnânimos momentos de intensa união e perfeição. 
E voltamos assim a eterna Roda da Vida, suave, frágil, mas de fios sustentáveis e indestrutíveis, movendo os momentos de equilíbrio entre o dia e a noite, marcados pelo pôr do sol, a metade da noite, o nascer do sol e a metade do dia. 
A magia está em nós, no Universo e a um passo daqueles que verdadeiramente acreditam no poder das magias. 
Os Celtas sempre vivenciaram os momentos como se fossem eternos, cada segundo uma vida, cada vida um segundo mágico da Existência. E na Roda da Vida sempre houve a presença de pontos de intercalação até mesmo no real e no linear. Assim os quatro momentos principais durante o ciclo de 24 horas seriam: 6 da manhã, meio-dia, seis da tarde e meia noite E nesta ação conjunta, haveriam pontos secundários, também de suma importância para o contexto: 9 da manhã, 3 da tarde, 9 da noite e 3 horas da madrugada. Apesar de pagãos, os Celtas tinham a Intuição extremamente aguçada... sabiam de uma forma ou de outra que o universo é simetria, é perfeição. Tudo, absolutamente tudo que brilha e vive no Cosmos tem correspondência e equivalência no Microcosmos. E, muitas vezes, necessariamente, é preciso entender o Micro, o Pequeno para poder alcançar e sentir a importância do grande do Macro.

Desse modo, para os Celtas ficou claro e patente que era mais fácil compreender os Mistérios do Universo através dos pequenos momentos, pequenos detalhes, às vezes até impercebíveis e imperceptíveis, que compreendem a extensão cíclica do dia-a-dia. Então... a partícula se faria Luz, na real noção da partícula por partícula dos grandes momentos. 
Os Celtas acreditavam, também, nos Eixos Meridianos dos quatro momentos do dia ( no fluir mágico das 24 horas, pontos vitais, e na importância dos quatro pontos secundários, na formação completa do Equilíbrio) . 
Neste processo, a verdade universal estaria refletindo a Roda da Vida e a imagem projetada dos 365 (366) dias de um ano. E na reflexão, também encontraríamos a inclusão de quatro momentos vitais: o primeiro dia do ano e o primeiro dia do quarto mês, primeiro de abril sétimo – primeiro de julho e décimo – primeiro de outubro - meses – dias que caem na divisão exata do ano em quatro partes iguais, em quatro elementos exatos, com correspondência direta nos elementais ar, terra, água e fogo . Temos, nesta concepção, quatro momentos secundários: a entrada de cada uma das quatro estações, delimitadas pelos solstícios e equinócios. Logo, nossa roda do ano estaria formada e, novamente, girando em eterna harmonia com o universo. 
Esta era a maneira de pensar e agir dos Celtas, que tinham seu calendário baseado nesses oito momentos do ano. E esses momentos eram celebrados e festejados, quando reuniam-se em clareiras e templos para reverenciar ritualisticamente essas oito datas. E no coração da floresta: a magia do pequeno e do grande fluiam simbioticamente. O sabá - ou o ritual celta destes oito momentos - ganhou nome, tributos convencionados: 
* Ao início do ano, Samhain ( 1º de novembro ); 
* Yule ( solstício de inverno – em torno de 21 de dezembro ); 
* Imbolc (1º de fevereiro ); 
* Equinócio da Primavera ( em torno de 21 de março); 
* Beltane (1º de maio ); 
* Midsummerm (solstício de verão – em torno de 21 de junho ); 
* Lughnasadh (1º de agosto ); e 
* Equinócio de Outono ( em torno de 21 de setembro ).
Esta ordem e os meses correspondentes aos sabás estão de acordo com o hemisfério norte lugar de onde vem os Celtas.

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